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Brasil importou 10,6 GW de módulos solares no primeiro semestre, com a Astronergy em TOP 2 do ranking
10-14 2025  333views

De acordo com dados divulgados pela PV Magazine Brasil em 30 de setembro de 2025, o Brasil importou 10,6 GWp de módulos fotovoltaicos no primeiro semestre deste ano — praticamente o mesmo volume registrado em 2024, quando o total chegou a 10,7 GWp. A geração distribuída manteve seu protagonismo, respondendo por 78 % das importações (8,2 GWp), enquanto a geração centralizada ficou com os 22 % restantes.

Alta nas importações impulsionada por alíquotas reduzidas

O desempenho positivo dos primeiros meses de 2025 foi impulsionado por uma verdadeira “corrida” para aproveitar as alíquotas reduzidas do Imposto de Importação. Até junho, vigorava uma cota especial com taxa de 9 %, que posteriormente subiu para 25 %.

Com o fim antecipado desse benefício, o ritmo das importações caiu de forma significativa: o segundo trimestre apresentou uma retração de 38 % em relação ao primeiro, e os volumes mensais recuaram para níveis inferiores a 1 GWp — patamar que não era visto desde 2022.

Fabricantes que lideraram o mercado brasileiro

A Astronergy encerrou o primeiro semestre em segunda posição entre os principais fabricantes que exportaram módulos solares para o Brasil, poucos MW em relação ao primeiro colocado, marcando uma posição histórica para a fabricante chinesa na região.

A lista também mostra que outras fabricantes tradicionais perderam espaço no mercado, perdendo posições consideráveis no ranking. O resultado reflete a crescente competitividade entre fabricantes asiáticos e o avanço de novas tecnologias em painéis fotovoltaicos de alta eficiência.

Custos logísticos e tributários pesam sobre o setor solar

O estudo também destaca o peso dos impostos e custos logísticos no valor final dos módulos solares importados. Quando somados o Imposto de Importação, o PIS/Cofins e o transporte interno, esses encargos podem representar até 44 % do valor total do produto.

Apesar da elevação da alíquota de 9 % para 25 %, esse impacto vem sendo parcialmente compensado pela redução dos preços internacionais dos módulos e pela queda do frete marítimo, que se estabilizou em patamares mais baixos após os picos de 2023.

Novas cotas favorecem geração centralizada

A partir de julho de 2025, o governo federal restabeleceu cotas com alíquota reduzida apenas para projetos de geração centralizada, limitando o benefício a empreendimentos com contratos de uso do sistema de transmissão assinados e prorrogações amparadas pela MP 1212.

Com isso, o segmento de geração distribuída (GD) — historicamente mais dependente de importações — tende a sentir com mais intensidade o impacto do aumento dos custos tributários e das incertezas regulatórias.

Cenário exige planejamento estratégico e visão de longo prazo

Embora o volume importado no primeiro semestre de 2025 tenha se mantido expressivo, o mercado solar brasileiro já mostra sinais de desaceleração desde abril.

A combinação de mudanças tributárias, ajustes regulatórios e oscilações no mercado internacional reforça a importância do planejamento estratégico e do acompanhamento constante das políticas que impactam diretamente a competitividade e a rentabilidade do setor solar.

O Brasil segue como um dos maiores mercados solares do mundo, mas os próximos meses serão decisivos para equilibrar crescimento sustentável, custo competitivo e estabilidade regulatória — fatores essenciais para garantir a continuidade da expansão da energia solar no país.

A visão da Astronergy sobre o mercado solar brasileiro

Para a Astronergy, o cenário atual reforça a relevância de uma atuação sólida e de longo prazo no país. Com presença consolidada em toda a América Latina e foco em inovação tecnológica, eficiência e sustentabilidade, a empresa segue comprometida em oferecer módulos de alta performance que permitam aos integradores, investidores e desenvolvedores otimizar resultados mesmo em contextos desafiadores.

A marca mantém sua confiança no potencial do Brasil como um dos polos mais promissores da transição energética global, apoiando o crescimento sustentável do setor fotovoltaico e contribuindo para um futuro mais limpo, competitivo e conectado à energia do sol.